terça-feira, 7 de outubro de 2014

Tabagismo: Um Entrave na Evolução do Espírito

Tabagismo: Um Entrave na Evolução do Espírito

No século atual, quando se degradam os costumes humanos, em vésperas da grande seleção espiritual para a nova civilização do terceiro milênio, o fumo já conseguiu estabelecer o seu império tóxico, anti-higiênico e pernicioso.

O uso do fumo é um delito que a criatura pratica contra si mesma. Em consequência sofre resultados nefastos, tanto no conjunto somático como no Períspirito. O único animal que fuma é o homem e a esse vício se deixa escravizar pelo seu livre arbítrio. O fumante inveterado age voluntariosamente contra a sua própria integridade física, tornando-se uma vítima de sua própria negligência espiritual.

Cada homem dominado por esse vício tenta apresentar suas razões pessoais. Mas todas as razões que se apresentem não são suficientes para elidir (suprimir) a razão maior de que o fumo é terrivelmente prejudicial à saúde. Fumam os homens e mulheres das mais diversas esferas sociais. O vício só varia quanto à técnica e o modo de se queimar a erva escravizante, mas o denominador comum é o mesmo, ou sejam, as consequências nocivas e a escravidão mental execrável. (detestável, abominável). O viciado, sem dúvida, torna-se um autômato vivo e tão condicionado ao terrível hábito que, em geral, desde o momento em que retira a cigarreira do bolso até quando acende o cigarro, cumpre exclusivamente uma vontade oculta, nociva e indomável.

O vício de fumar, bem como o vício de beber, com o tempo, tomam um caráter obsessivo. Essa ação obsessiva e oculta recrudesce (agravar-se, exacerbar-se) à medida que o indivíduo se descuida do seu comando psíquico após abrir as portas de sua vontade a tais hóspedes indesejáveis. O tabagismo é prejudicial ao corpo físico e ao corpo astral (Períspirito). Um simples exame de laboratório revela a natureza agressiva do alcaloide (substância orgânica azotada, que tem propriedades alcalinas) nicotina.

Os fumantes inveterados, como os alcoólatras, depois que desencarnam, sofrem no Além os efeitos perniciosos daqueles vícios cultivados na Terra. “Natura non facit saltus” os estigmas (marcas, feridas) dos vícios adquiridos nesta vida continuarão a acicatar (incentivar, estimular; esporese, espora antiga de uma só ponta) o Períspirito. O vício não está no corpo físico, mas no corpo astral, comandado pelo Psiquismo diretor. Daí a conveniência de se abandonar o vício do fumo, enfim todos os vícios, antes da desencarnação. O vício terreno é assunto individual, cuja solução requer a decisão interior do próprio Espírito e não depende da mudança de um para outro plano de vida. A fonte do desejo reside no Espírito e não no corpo carnal. Assim sendo, os viciados que partem da Terra carregam os vícios que lhes acicatam acerbamente a vestimenta perispiritual. Só depois de os drenarem é que poderão se livrar dos desejos desregrados. Se o objetivo fundamental da evolução do Espírito é a sua libertação de todas as mazelas, deve, então, a Alma, desde logo, exercitar-se para a sua mais breve alforria espiritual e desligação definitiva dos vícios que podem prendê-la, cada vez mais, aos ciclos tristes das encarnações retificadoras.

Cumpramos, assim, o nosso dever, alertando nossos irmãos dos prejuízos que o fumo acarreta ao corpo e ao Espírito. Não os critiquemos, porque muitos de nós, num passado não muito remoto, quem sabe, já fomos ligados ao vício de fumar.

Se cada pessoa que ler este nosso trabalho, e que não for ligada ao vício do tabagismo, conseguir libertar um irmão deste mal terrível, por certo estaremos caminhando para um final feliz. Como diz a velha filosofia: “É sempre melhor acender uma vela do que permanecer na escuridão”.

(José Nicanor)

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