terça-feira, 7 de outubro de 2014

Tabagismo: Um Entrave na Evolução do Espírito

Tabagismo: Um Entrave na Evolução do Espírito

No século atual, quando se degradam os costumes humanos, em vésperas da grande seleção espiritual para a nova civilização do terceiro milênio, o fumo já conseguiu estabelecer o seu império tóxico, anti-higiênico e pernicioso.

O uso do fumo é um delito que a criatura pratica contra si mesma. Em consequência sofre resultados nefastos, tanto no conjunto somático como no Períspirito. O único animal que fuma é o homem e a esse vício se deixa escravizar pelo seu livre arbítrio. O fumante inveterado age voluntariosamente contra a sua própria integridade física, tornando-se uma vítima de sua própria negligência espiritual.

Cada homem dominado por esse vício tenta apresentar suas razões pessoais. Mas todas as razões que se apresentem não são suficientes para elidir (suprimir) a razão maior de que o fumo é terrivelmente prejudicial à saúde. Fumam os homens e mulheres das mais diversas esferas sociais. O vício só varia quanto à técnica e o modo de se queimar a erva escravizante, mas o denominador comum é o mesmo, ou sejam, as consequências nocivas e a escravidão mental execrável. (detestável, abominável). O viciado, sem dúvida, torna-se um autômato vivo e tão condicionado ao terrível hábito que, em geral, desde o momento em que retira a cigarreira do bolso até quando acende o cigarro, cumpre exclusivamente uma vontade oculta, nociva e indomável.

O vício de fumar, bem como o vício de beber, com o tempo, tomam um caráter obsessivo. Essa ação obsessiva e oculta recrudesce (agravar-se, exacerbar-se) à medida que o indivíduo se descuida do seu comando psíquico após abrir as portas de sua vontade a tais hóspedes indesejáveis. O tabagismo é prejudicial ao corpo físico e ao corpo astral (Períspirito). Um simples exame de laboratório revela a natureza agressiva do alcaloide (substância orgânica azotada, que tem propriedades alcalinas) nicotina.

Os fumantes inveterados, como os alcoólatras, depois que desencarnam, sofrem no Além os efeitos perniciosos daqueles vícios cultivados na Terra. “Natura non facit saltus” os estigmas (marcas, feridas) dos vícios adquiridos nesta vida continuarão a acicatar (incentivar, estimular; esporese, espora antiga de uma só ponta) o Períspirito. O vício não está no corpo físico, mas no corpo astral, comandado pelo Psiquismo diretor. Daí a conveniência de se abandonar o vício do fumo, enfim todos os vícios, antes da desencarnação. O vício terreno é assunto individual, cuja solução requer a decisão interior do próprio Espírito e não depende da mudança de um para outro plano de vida. A fonte do desejo reside no Espírito e não no corpo carnal. Assim sendo, os viciados que partem da Terra carregam os vícios que lhes acicatam acerbamente a vestimenta perispiritual. Só depois de os drenarem é que poderão se livrar dos desejos desregrados. Se o objetivo fundamental da evolução do Espírito é a sua libertação de todas as mazelas, deve, então, a Alma, desde logo, exercitar-se para a sua mais breve alforria espiritual e desligação definitiva dos vícios que podem prendê-la, cada vez mais, aos ciclos tristes das encarnações retificadoras.

Cumpramos, assim, o nosso dever, alertando nossos irmãos dos prejuízos que o fumo acarreta ao corpo e ao Espírito. Não os critiquemos, porque muitos de nós, num passado não muito remoto, quem sabe, já fomos ligados ao vício de fumar.

Se cada pessoa que ler este nosso trabalho, e que não for ligada ao vício do tabagismo, conseguir libertar um irmão deste mal terrível, por certo estaremos caminhando para um final feliz. Como diz a velha filosofia: “É sempre melhor acender uma vela do que permanecer na escuridão”.

(José Nicanor)

terça-feira, 12 de agosto de 2014

POR QUE A PSICOLOGIA E A PSIQUIATRIA NÃO LIDAM COM A REENCARNAÇÃO?

Há muito tempo os psicoterapeutas e as pessoas que acreditam na Reencarnação vem questionando o enfoque tradicional da Psicologia tradicional, sua limitação a essa vida apenas, sua visão de um “início” e um “fim”, como se não existíssemos antes, e anseiam por uma nova maneira de ver e tratar os nossos problemas e conflitos emocionais e mentais, a partir dos princípios reencarnacionistas. 
Agora já existe essa nova visão psicoterapêutica, não é uma nova linha da Psicologia, é uma nova Escola de Psicologia. 
Essa nova Psicologia, que estamos desenvolvendo, e que lida com a Reencarnação, está alinhada às concepções reencarnatórias e chama-se Psicoterapia Reencarnacionista. Ela não vem para combater a Psicologia tradicional ou para destruí-la e, sim, para abrir suas fronteiras, do nascimento para trás, rumo ao nosso passado trans pessoal, e do desencarne para a frente, rumo às nossas encarnações futuras. 
É a expansão da Psicologia tradicional, dessa vida apenas, herdeira do Consciente Coletivo não reencarnacionista, originado nas concepções religiosas dominantes no Ocidente. 
O porquê da Psicologia oficial não lidar com a Reencarnação deve-se à ação do Imperador Justiniano no ano 553 d.C. de conclamar o Concílio de Constantinopla, convidando apenas os bispos não-reencarnacionistas, e decretando que Reencarnação não existe, influenciado por sua esposa Teodora, ex-cortesã, filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio, que para libertar-se de seu passado mandou matar antigas colegas e para não sofrer as consequências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a lei do Karma, empenhou-se em suprimir a magnífica Doutrina da Reencarnação. 
Esse Concílio não passou de um encontro que excomungou e maldisse a doutrina da preexistência da alma, com protestos do Papa Virgílio, sequestrado e mantido prisioneiro de Justiniano por 8 anos por ter-se recusado a participar desse Concílio! Dos 165 bispos presentes, 159 eram não-reencarnacionistas, e tal fato garantiu a Justiniano os votos de que precisava para decretar que Reencarnação não existe. 
E assim a Igreja Católica tornou-se uma igreja não-reencarnacionista e, mais tarde, as suas dissidências levaram consigo esse dogma lá estabelecido. Com o predomínio, no Ocidente, dessas igrejas não-reencarnacionistas, criou-se no Consciente Coletivo ocidental a ideia de que Reencarnação não existe, dentro do que formou-se a Psicologia e a Psiquiatria, que também não lidam com a Reencarnação. 
Isso representou um dos maiores atrasos da história da humanidade, que até hoje reflete-se, pois temos uma Psicologia e uma Psiquiatria que limitam-se apenas à vida atual, ignorando todo um material de estudo e análise, do nosso passado, escondido em nosso Inconsciente. E é aí que estamos indo, seguindo a orientação do Dr. Freud. Entrando no Inconsciente das pessoas encontra-se a Reencarnação. Isso é religião? Não, isso é pesquisa científica, isso é a emergência de uma nova Psicologia e uma nova Psiquiatria. A Psicoterapia Reencarnacionista não deve ser confundida com a Regressão Terapêutica, que é uma técnica utilizada para desconectar as pessoas de situações traumáticas do seu passado que ainda estão acontecendo em seu Inconsciente, originando sintomas, principalmente os casos de fobias, transtorno do pânico e as depressões severas, que podem ser, desse modo, melhorados muito ou até curadas rapidamente. 
Não devemos confundir a Psicoterapia Reencarnacionista com a Regressão Terapêutica: aquela é uma Escola de Psicologia, essa é uma técnica. 
A Regressão para a Psicoterapia Reencarnacionista visa, além disso, ajudar as pessoas a perceberem se vêm aproveitando ou não as suas encarnações nos últimos séculos e saber para o que vêm reencarnando e para o que reencarnaram dessa vez. 
Pouquíssimas pessoas têm uma ideia clara, ou mais ou menos clara, sobre o objetivo da vida e raríssimas têm a noção do que estão fazendo aqui. A maioria vive como se vivesse em um labirinto, perdida numa névoa escura, rodeando o tempo todo, sem saber se vai por esse ou aquele lado, simplesmente porque não sabe quem realmente é, o que está fazendo aqui e para onde deve ir. 
Viver desse modo é como se você fosse a um supermercado sem saber o que quer comprar e, então, após algum tempo de perambulação pelos corredores, compraria qualquer coisa e ir-se-ia. Viver sem saber quem é e o que é isso que se chama "vida" é a mesma coisa: você perambula pelos corredores, sem comprar nada de que realmente precise e, no final, vai-se. Ou compra coisas que não precisa. 
Temos hoje em dia uma Medicina que não consegue realmente curar, apenas paliar, pois acredita que as doenças iniciam no nosso corpo físico e devem ser curadas nele, quando na verdade elas iniciam em nossos pensamentos e sentimentos, e esses é que devem ser tratados e curados. 
Temos uma Psicologia que lida com um “início” na infância e um equívoco que é a formação da personalidade, quando na verdade nós somos um Ser (Espírito) retornando para a Terra, trazendo a nossa personalidade das encarnações passadas (Personalidade Congênita). Temos uma Psiquiatria que acredita que a doença está no cérebro e deve ser tratada com medicamentos químicos, quando a doença mental é imaterial e causada ou fortemente influenciada por ressonâncias de nossas encarnações passadas e em influenciações negativas de seres desencarnados (obsessores). 
Uma das constatações nas sessões de regressão é que, independentemente desses fatores relativos à sua “casca”, as pessoas regredidas referiam uma maneira de ser, de pensar, de sentir, muitíssimo parecida encarnação após encarnação, e como ainda hoje! Ou seja, uma pessoa autoritária, agressiva, era assim nas suas encarnações passadas, alguém tímido, medroso, se vê assim lá atrás, uma pessoa magoada, com sentimentos de rejeição e abandono enxerga-se dessa maneira em suas encarnações passadas, alguém deprimido já era deprimido há séculos, e isso não aparece em uma ou outra pessoa, isso demonstra-se sempre, em todas as sessões de regressão. 
Nós, psicoterapeutas reencarnacionistas, escutamos, durante as regressões, histórias de pessoas que estão há centenas de anos reencarnando para melhorar essas características negativas, com um resultado muito pequeno, repetindo sempre o mesmo padrão, e que, hoje em dia, são ainda extremamente parecidos como eram! 
Nós reencarnamos para melhorar as nossas tendências inferiores mas se avaliarmos o quanto temos conseguido melhorar isso em nós nessa atual encarnação, podemos fazer uma projeção semelhante para nossas últimas encarnações. Mas isso não é de ficar-se admirado, pois se somos um Ser imortal que muda apenas de “casca” de uma encarnação para outra, o óbvio não é, então, que mantenham-se as nossas características de personalidade de uma vida terrena para outra? 
Essa personalidade que é nossa, que vem nos acompanhando encarnação após encarnação, chamamos de Personalidade Congênita, e aí começa a estruturar-se a Escola de Psicoterapia Reencarnacionista. 
Esse termo encontra-se em “Obreiros da Vida Eterna”, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier, em uma palestra do Dr. Barcelos, psiquiatra desencarnado, no Nosso Lar, páginas 32-34, quando ele diz: ”Precisamos divulgar no mundo o conceito moralizador da Personalidade Congênita, em processo de melhoria gradativa, espalhando enunciados novos que atravessem a zona de raciocínios falíveis do homem e lhe penetrem o coração, restaurando-lhe a esperança no eterno futuro e revigorando-lhe o ser em suas bases essenciais. As noções reencarnacionistas renovarão a paisagem da vida na crosta da Terra, conferindo à criatura não somente as armas com que deve guerrear os estados inferiores de si própria mas também lhe fornecendo o remédio eficiente e salutar... Falta aos nossos companheiros de Humanidade o conhecimento da transitoriedade do corpo físico e o da eternidade da vida, do débito contraído e do resgate necessário, em experiências e recapitulações diversas... Faltam às teorias de Sigmund Freud e seus continuadores a noção dos princípios reencarnacionistas e o conhecimento da verdadeira localização dos distúrbios nervosos, cujo início muito raramente se verifica no campo biológico vulgar mas quase que invariavelmente no corpo perispiritual preexistente, portador de sérias perturbações congênitas, em virtudes das deficiências de natureza moral, cultivadas com desvairado apego, pelo reencarnante, nas existências transcorridas”.  
Essa frase inicial – “Precisamos divulgar no mundo o conceito moralizador da Personalidade Congênita.” – é a finalidade da existência da Psicoterapia Reencarnacionista, a sua meta e objetivo. 
A evolução espiritual do ser humano é lenta porque, a cada encarnação, temos a sensação ilusória de que estamos vivendo uma “vida” e que tudo que temos de inferior em nossa personalidade e sentimentos foi criado na infância pelos “vilões”. Aliás, devíamos mudar o termo vida para passagem, nascimento para chegada e morte para subida, que são mais reais. 
E, então, uma das finalidades da Escola de Psicoterapia Reencarnacionista é auxiliar as pessoas a recordarem-se de que somos Espíritos eternos, passando mais uma vez por aqui, que essa vida é apenas mais uma passagem, que descemos do Plano Astral e, um dia, vamos subir para lá de novo. E depois continuaremos a descer e a subir, descer e subir, descer e subir, até ficarmos puros, para o padrão terreno. E então continuaremos nossa trajetória no Plano Astral, depois no Plano Mental, e assim gradativamente, até, um dia, voltarmos para o Todo. 
O trabalho principal do psicoterapeuta reencarnacionista é auxiliar a pessoa em tratamento a recordar-se da busca da evolução espiritual, da purificação. Deve ajudá-la a aproveitar essa atual passagem, a fazer uma releitura de sua infância a partir dos princípios reencarnacionistas, a entender porque nos reencontramos com seres com os quais trazemos conflitos de encarnações passadas, por que necessitamos passar por situações aparentemente negativas, desagradáveis, a Lei do Retorno, etc. Essas descobertas e constatações é o que pretendemos transmitir, e esperamos que nossas reflexões sobre o conflito entre o nosso Eu Real (a Essência) e as ilusões do nosso eu temporário (a persona atual), ajudem as pessoas a encontrarem-se consigo mesmas e assumirem com mais confiança e determinação o objetivo final de todos nós: a evolução espiritual. 
Nada disso é novidade para os espíritas e para todos que acreditam na Reencarnação, mas agora essas questões estão sendo colocadas como uma psicoterapia. A Psicoterapia Reencarnacionista, uma psicologia baseada na Reencarnação, veio para ajudar a nos libertarmos das ilusões e das fantasias terrenas e a nos apegarmos firmemente aos aspectos realmente absolutos e eternos do nosso Caminho. 
Ao seu tempo, essa visão Reencarnacionista ajudará a Psicologia oficial a libertar-se das suas amarras e os psicólogos e os psiquiatras que acreditam na Reencarnação não precisam mais ater-se a uma visão que analisa a vida de seus pacientes apenas a partir da infância, pois essa nova Escola aí está, ao acesso de quem se interessar. 

Os Cursos estão abertos, já existem livros, agora é uma questão de tempo. Em breve haverá duas Psicologias: uma que lida com essa vida apenas, para os profissionais que não acreditam na Reencarnação, a ser utilizada nas pessoas que também não lidam com isso, e uma que lida com a vida eterna, que é a Psicoterapia Reencarnacionista, baseada na Reencarnação, para quem acredita nela. É uma questão de coerência.

TRANSTORNOS MENTAIS SOB A VISÃO ESPÍRITA

O Livro dos Espíritos - a obra base da codificação - quando trata do idiotismo e do transtorno mental ( questões de nº 371 a 378 ) nos ensina que os que habitam corpos que carregam tais afecções “ são Espíritos sujeitos a uma punição. Sofrem por efeito do constrangimento que experimentam e da impossibilidade em que estão de se manifestarem mediante órgãos não desenvolvidos ou desmantelados. Trata-se da conhecida Lei de Causa e Efeito, que, nestes casos, atinge principalmente, os que, em outras vidas, cometeram o suicídio ou abusaram da própria inteligência e do poder, em desfavor do próximo ou da sociedade. Ao esclarecer, sobre a mútua influência entre espírito e matéria, na pergunta 375(a), os Espíritos asseveram, respondendo a questão: - Então o desorganizado é sempre o corpo e não o Espírito? "Exatamente; mas convém não perder de vista que, assim como o Espírito atua sobre a matéria, também esta reage sobre ele, dentro de certos limites..." Allan Kardec, por sua vez, ao comentar a questão 372(a), em que os Espíritos respondem ter os órgãos do corpo grande influência sobre a manifestação das faculdades do espírito esclarece: "Importa se distinga o estado normal do estado patológico. No primeiro, o moral vence os obstáculos que a matéria lhe opõe. Há, porém, casos em que a matéria oferece tal resistência que as manifestações anímicas ficam obstadas ou desnaturadas, como nos de idiotismo e de loucura." Grande relevância adquire a simples, mas lúcida observação de Allan Kardec: "Importa se distinga o estado normal do estado patológico". Se em sua época ( 1857) as manifestações patológicas da mente humana só eram reconhecidas quando atingiam estados extremos de alienação mental ( psicose nos dias de hoje ), atualmente reconhece-se todo um espectro cinza dos que não tendo chegado a tais extremos, mesmo assim padecem, por deficiências menores do funcionamento cerebral, e que se enquadram em categorias psicopatológicas numerosas.Inobstante, o raciocínio e a elucidação dos Espíritos sobre a interação espírito-matéria permanecem válidos e atuais. A psicopatologia não é uma questão de tudo ou nada, de branco ou preto, mas toda uma sequência de mudanças que vão do cinza escuro ao cinza mais claro. E as possibilidades de domínio do Espírito sobre a matéria transitam nesta escala de maior ou menor resistência da matéria, dispondo ele também de maior ou menor força moral, segundo sua posição evolutiva. São muitas vezes adquiridas, inadvertidamente, nesta vida mesmo, pela demasiada exposição aos agentes estressores do ambiente que atingem a vida psíquica, como os eventos traumáticos repetidos, grandes ou pequenos, os excessos ou condições adversas de trabalho e as relações afetivas conflitantes, etc. É o caso das depressões de todo jaez, dos demais transtornos de humor, dos transtornos fóbico-ansiosos e dos demais relacionados ao estresse e os somatoformes, etc. Estes estados patológicos ensejam, pelo desgaste orgânico, obsessões que chamaríamos de oportunísticas, evidenciando quadros complexos que desafiam terapêuticas convencionais de abordagem parcial. O Espiritismo abre vasto campo de estudo das patologias mentais quando mostra as inúmeras possibilidades do mundo espiritual influenciar os encarnados. As influênciações espiríticas circunstânciais e eventuais são de ocorrência corriqueira e naturais, pois se radicam, segundo nos informa André Luíz (Evolução em Dois Mundos, páginas 104 a 109) na nossa aquisição evolutiva do pensamento ininterrupto, dando início aos processos de "mentossíntese", operações "baseadas na troca de fluidos mentais multiformes, através dos quais [o princípio inteligente] emite as próprias idéias e radiações, assimilando as radiações e idéias alheias." Entretanto, tais trocas de radiação e idéias assumem caráter patológico no momento em que se estabelecem processos simbióticos mentais de característica exclusivista e de complementação patológica. Tornam-se naquilo que Allan kardec designou e classificou como "obsessões simples, fascinação e subjugação" André Luiz e os outros espíritos descrevem os incontáveis tipos de influências mentais propriamente obsessivas, entre desencarnados e encarnados, e daqueles e destes entre si, ensejando uma classificação que excede uma dezena de tipos fenômenológicos. Estes processos obsessivos são facilitados e potencializados por quaisquer diáteses ou desarranjos de funções cerebrais de origem exclusivamente orgânica ou psíquica. Pelo exposto, dificilmente encontrar-se-ão quadros psicopatológicos puros, isto é, de origem exclusivamente orgânica ou psicológica ou espiritual. De qualquer forma, tais patologias carecem, paralelamente às abordagens médica e psicológica, do tratamento espiritual e da imprescindível reforma íntima, condições indispensáveis para a aquisição e fortalecimento dos dispositivos pessoais de autodefesa psíquica. Autor: Dr. Luiz Antônio de Paiva Médico Psiquiatra, Psicoterapeuta, Professor Supervisor da FEBRA, Presidente da OMNI e Secretário da A.M.E.- GO.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A REGRESSÃO TERAPÊUTICA - MÉTODO ABPR

A REGRESSÃO TERAPÊUTICA - Método ABPR A Regressão Terapêutica é uma das principais ferramentas utilizadas na Psicoterapia Reencarnacionista. Ela é que norteia as consultas (conversas sobre a reencarnação), semanais, a cada 10 dias ou quinzenais, pois a Regressão Terapêutica (método ABPR) é como o telão do Mundo Espiritual aqui na Terra, ambos comandados pela espiritualidade. É uma oportunidade que os mentores das pessoas proporcionam aos seus discípulos, de autoconhecimento e de desligamento de situações traumáticas do passado. Não é um procedimento espírita, não acontece incorporação do mentor da pessoa, nem esse ser aparece, materializa-se ou manifesta-se de alguma maneira. O processo regressivo ocorre naturalmente, oportunizando que a pessoa acesse as encarnações que são eticamente permitidas serem acessadas, que o mundo espiritual entende que está na hora de acessar, para desligar-se daquela encarnação e/ou para um aprendizado específico. A Regressão Terapêutica (método ABPR), dirigida pelos mentores das pessoas, clareia a finalidade e o objetivo dessa passagem, a nossa busca da evolução espiritual, e o seu conteúdo é abordado ao final de cada sessão e nas consultas, quando é feita uma releitura da infância da pessoa sob a ótica reencarnacionista, o entendimento dos gatilhos e das armadilhas terrenas, a ilusão dos rótulos das “cascas”, etc. A Regressão pelo método ABPR é realizada pelo psicoterapeuta mas comandada, dirigida, direcionada, pelos mentores espirituais das pessoas, é deles a decisão do que cada pessoa vai acessar em sua encarnação ou encarnações passadas, todo o comando é superior e independe da vontade das pessoas, do seu desejo e do desejo do psicoterapeuta, ou seja, a condução do processo é do mundo espiritual. Isso possibilita conciliar-se regressão com a lei do esquecimento, obedecendo a Allan Kardec e o que o mestre afirma em “O Livro dos Espíritos” a respeito: “Integrado na vida corpórea, o espírito perde momentaneamente a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as ocultasse. Não obstante, tem, às vezes, uma vaga consciência, e elas podem mesmo lhe ser reveladas em certas circunstâncias. Mas isto não acontece senão pela vontade dos espíritos superiores, que o fazem espontaneamente, com um fim útil e jamais para satisfazer uma curiosidade vã.” Essa é a ética da regressão realizada na Psicoterapia Reencarnacionista, em que, sob nenhuma hipótese, o psicoterapeuta atende o desejo da pessoa do que ela quer saber, do que ela deseja entender, seja do ponto de vista clínico, psicológico ou no que tange o relacionamento com outras pessoas e também não determina o que a pessoa vai acessar, entender ou saber. O método ABPR é altamente ético e coloca-se inteiramente de acordo com a doutrina espírita de respeito à Lei do Esquecimento. O reconhecimento de pessoas jamais é incentivado. E todo esse processo está sob comando do Mundo Espiritual, dos mentores espirituais de cada pessoa. O psicoterapeuta apenas participa mais ativamente na primeira fase da regressão: relaxamento do corpo físico e elevação da freqüência da pessoa através da meditação, lúcida, consciente, com a pessoa acordada, deitada, com os olhos fechados, sem o uso de hipnose, óculos ou qualquer outro artifício, apenas o comando verbal do psicoterapeuta para a pessoa relaxar, soltar-se, diminuir a intensidade dos seus pensamentos, e após um certo tempo ir entrando em meditação, o que faz com que ela possa acessar uma situação do seu passado, geralmente de outra encarnação, na qual está sintonizada, como se ainda estivesse lá, e de onde vem os sintomas das fobias, do pânico, as depressões severas, refratárias a tratamentos, as dores crônicas, como a fibromialgia, os sentimentos intensos de solidão, de abandono, as mágoas profundas. Mas além do desligamento, para a realização do tratamento com a Psicoterapia Reencarnacionista, é essencial a constatação, por parte da pessoa da sua Personalidade Congênita, o seu padrão comportamental secular ou milenar, o pilar básico da Psicoterapia Reencarnacionista, onde pode encontrar, então, a sua proposta de Reforma Íntima. Durante o tratamento são realizadas uma média de 3 ou 4 sessões de regressão, intercaladas com conversas sobre o que a pessoa está aprendendo nessas “sessões de telão”, sobre o que está mudando em sua maneira de enxergar a sua vida, a sua infância, em que começa realmente a entender que estamos em um lugar de passagem, que nossa casa verdadeira é lá no mundo espiritual e que devemos aproveitar ao máximo as encarnações, para retornarmos para casa com a sensação do dever cumprido, da missão realizada.