Tabagismo: Um Entrave na Evolução do Espírito
No século atual, quando se degradam os costumes humanos, em
vésperas da grande seleção espiritual para a nova civilização do terceiro
milênio, o fumo já conseguiu estabelecer o seu império tóxico, anti-higiênico e
pernicioso.
O uso do fumo é um delito que a criatura pratica contra si
mesma. Em consequência sofre resultados nefastos, tanto no conjunto somático
como no Períspirito. O único animal que fuma é o homem e a esse vício se deixa
escravizar pelo seu livre arbítrio. O fumante inveterado age voluntariosamente
contra a sua própria integridade física, tornando-se uma vítima de sua própria
negligência espiritual.
Cada homem dominado por esse vício tenta apresentar suas
razões pessoais. Mas todas as razões que se apresentem não são suficientes para
elidir (suprimir) a razão maior de que o fumo é terrivelmente prejudicial à
saúde. Fumam os homens e mulheres das mais diversas esferas sociais. O vício só
varia quanto à técnica e o modo de se queimar a erva escravizante, mas o
denominador comum é o mesmo, ou sejam, as consequências nocivas e a escravidão
mental execrável. (detestável, abominável). O viciado, sem dúvida, torna-se um
autômato vivo e tão condicionado ao terrível hábito que, em geral, desde o
momento em que retira a cigarreira do bolso até quando acende o cigarro, cumpre
exclusivamente uma vontade oculta, nociva e indomável.
O vício de fumar, bem como o vício de beber, com o tempo,
tomam um caráter obsessivo. Essa ação obsessiva e oculta recrudesce
(agravar-se, exacerbar-se) à medida que o indivíduo se descuida do seu comando
psíquico após abrir as portas de sua vontade a tais hóspedes indesejáveis. O
tabagismo é prejudicial ao corpo físico e ao corpo astral (Períspirito). Um
simples exame de laboratório revela a natureza agressiva do alcaloide
(substância orgânica azotada, que tem propriedades alcalinas) nicotina.
Os fumantes inveterados, como os alcoólatras, depois que
desencarnam, sofrem no Além os efeitos perniciosos daqueles vícios cultivados
na Terra. “Natura non facit saltus” os estigmas (marcas, feridas) dos vícios
adquiridos nesta vida continuarão a acicatar (incentivar, estimular; esporese,
espora antiga de uma só ponta) o Períspirito. O vício não está no corpo físico,
mas no corpo astral, comandado pelo Psiquismo diretor. Daí a conveniência de se
abandonar o vício do fumo, enfim todos os vícios, antes da desencarnação. O
vício terreno é assunto individual, cuja solução requer a decisão interior do
próprio Espírito e não depende da mudança de um para outro plano de vida. A
fonte do desejo reside no Espírito e não no corpo carnal. Assim sendo, os
viciados que partem da Terra carregam os vícios que lhes acicatam acerbamente a
vestimenta perispiritual. Só depois de os drenarem é que poderão se livrar dos
desejos desregrados. Se o objetivo fundamental da evolução do Espírito é a sua
libertação de todas as mazelas, deve, então, a Alma, desde logo, exercitar-se
para a sua mais breve alforria espiritual e desligação definitiva dos vícios
que podem prendê-la, cada vez mais, aos ciclos tristes das encarnações
retificadoras.
Cumpramos, assim, o nosso dever, alertando nossos irmãos dos
prejuízos que o fumo acarreta ao corpo e ao Espírito. Não os critiquemos, porque
muitos de nós, num passado não muito remoto, quem sabe, já fomos ligados ao
vício de fumar.
Se cada pessoa que ler este nosso trabalho, e que não for
ligada ao vício do tabagismo, conseguir libertar um irmão deste mal terrível,
por certo estaremos caminhando para um final feliz. Como diz a velha filosofia:
“É sempre melhor acender uma vela do que permanecer na escuridão”.
(José Nicanor)
terça-feira, 7 de outubro de 2014
terça-feira, 12 de agosto de 2014
POR QUE A PSICOLOGIA E A PSIQUIATRIA NÃO LIDAM COM A REENCARNAÇÃO?
Há muito tempo os psicoterapeutas e as pessoas que
acreditam na Reencarnação vem questionando o enfoque tradicional da Psicologia
tradicional, sua limitação a essa vida apenas, sua visão de um “início” e um
“fim”, como se não existíssemos antes, e anseiam por uma nova maneira de ver e
tratar os nossos problemas e conflitos emocionais e mentais, a partir dos
princípios reencarnacionistas.
Agora já existe essa nova visão psicoterapêutica, não é uma
nova linha da Psicologia, é uma nova Escola de Psicologia.
Essa nova Psicologia, que estamos desenvolvendo, e que lida
com a Reencarnação, está alinhada às concepções reencarnatórias e chama-se
Psicoterapia Reencarnacionista. Ela não vem
para combater a Psicologia tradicional ou para destruí-la e, sim, para abrir
suas fronteiras, do nascimento para trás, rumo ao nosso passado trans pessoal,
e do desencarne para a frente, rumo às nossas encarnações futuras.
É a expansão da Psicologia tradicional, dessa vida apenas,
herdeira do Consciente Coletivo não reencarnacionista, originado nas concepções
religiosas dominantes no Ocidente.
O porquê da Psicologia oficial não lidar com a Reencarnação
deve-se à ação do Imperador Justiniano no ano 553 d.C. de conclamar o Concílio
de Constantinopla, convidando apenas os bispos não-reencarnacionistas, e
decretando que Reencarnação não existe, influenciado por sua esposa Teodora,
ex-cortesã, filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio, que para
libertar-se de seu passado mandou matar antigas colegas e para não sofrer as
consequências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a lei do
Karma, empenhou-se em suprimir a magnífica Doutrina da Reencarnação.
Esse Concílio não passou de um encontro que excomungou e
maldisse a doutrina da preexistência da alma, com protestos do Papa Virgílio,
sequestrado e mantido prisioneiro de Justiniano por 8 anos por ter-se recusado
a participar desse Concílio! Dos 165 bispos presentes, 159 eram
não-reencarnacionistas, e tal fato garantiu a Justiniano os votos de que
precisava para decretar que Reencarnação não existe.
E assim a
Igreja Católica tornou-se uma igreja não-reencarnacionista e, mais tarde, as
suas dissidências levaram consigo esse dogma lá estabelecido. Com o predomínio,
no Ocidente, dessas igrejas não-reencarnacionistas, criou-se no Consciente
Coletivo ocidental a ideia de que Reencarnação não existe, dentro do que
formou-se a Psicologia e a Psiquiatria, que também não lidam com a
Reencarnação.
Isso representou um dos maiores atrasos da história da
humanidade, que até hoje reflete-se, pois temos uma Psicologia e uma
Psiquiatria que limitam-se apenas à vida atual, ignorando todo um material de
estudo e análise, do nosso passado, escondido em nosso Inconsciente. E é aí que
estamos indo, seguindo a orientação do Dr. Freud. Entrando no Inconsciente das
pessoas encontra-se a Reencarnação. Isso é religião? Não, isso é pesquisa
científica, isso é a emergência de uma nova Psicologia e uma nova Psiquiatria.
A Psicoterapia Reencarnacionista não deve ser confundida com a Regressão Terapêutica, que é uma
técnica utilizada para desconectar as pessoas de situações traumáticas do seu
passado que ainda estão acontecendo em seu Inconsciente, originando sintomas,
principalmente os casos de fobias, transtorno do pânico e as depressões severas,
que podem ser, desse modo, melhorados muito ou até curadas rapidamente.
Não devemos confundir a Psicoterapia Reencarnacionista com
a Regressão Terapêutica: aquela é uma Escola de Psicologia, essa é uma
técnica.
A Regressão para a Psicoterapia Reencarnacionista visa,
além disso, ajudar as pessoas a perceberem se vêm aproveitando ou não as suas
encarnações nos últimos séculos e saber para o que vêm reencarnando e para o
que reencarnaram dessa vez.
Pouquíssimas pessoas têm uma ideia clara, ou mais ou menos
clara, sobre o objetivo da vida e raríssimas têm a noção do que estão fazendo
aqui. A maioria vive como se vivesse em um labirinto, perdida
numa névoa escura, rodeando o tempo todo, sem saber se vai por esse ou aquele
lado, simplesmente porque não sabe quem realmente é, o que está fazendo aqui e
para onde deve ir.
Viver desse modo é como se você fosse a um supermercado sem
saber o que quer comprar e, então, após algum tempo de perambulação pelos
corredores, compraria qualquer coisa e ir-se-ia. Viver sem saber quem é e o que
é isso que se chama "vida" é a mesma coisa: você perambula pelos
corredores, sem comprar nada de que realmente precise e, no final, vai-se. Ou
compra coisas que não precisa.
Temos hoje em dia uma Medicina que não consegue realmente
curar, apenas paliar, pois acredita que as doenças iniciam no nosso corpo
físico e devem ser curadas nele, quando na verdade elas iniciam em nossos
pensamentos e sentimentos, e esses é que devem ser tratados e curados.
Temos uma Psicologia que lida com um “início” na infância e
um equívoco que é a formação da personalidade, quando na verdade nós somos um
Ser (Espírito) retornando para a Terra, trazendo a nossa personalidade das
encarnações passadas (Personalidade Congênita). Temos uma Psiquiatria que acredita
que a doença está no cérebro e deve ser tratada com medicamentos químicos,
quando a doença mental é
imaterial e causada ou fortemente influenciada por ressonâncias de nossas
encarnações passadas e em influenciações negativas de seres desencarnados
(obsessores).
Uma das constatações nas sessões de regressão é que,
independentemente desses fatores relativos à sua “casca”, as pessoas regredidas
referiam uma maneira de ser, de pensar, de sentir, muitíssimo parecida
encarnação após encarnação, e como ainda hoje! Ou seja, uma pessoa autoritária,
agressiva, era assim nas suas encarnações passadas, alguém tímido, medroso, se
vê assim lá atrás, uma pessoa magoada, com sentimentos de rejeição e abandono
enxerga-se dessa maneira em suas encarnações passadas, alguém deprimido já era
deprimido há séculos, e isso não aparece em uma ou outra pessoa, isso
demonstra-se sempre, em todas as sessões de regressão.
Nós, psicoterapeutas reencarnacionistas, escutamos, durante
as regressões, histórias de pessoas que estão há centenas de anos reencarnando
para melhorar essas características negativas, com um resultado muito pequeno,
repetindo sempre o mesmo padrão, e que, hoje em dia, são ainda extremamente
parecidos como eram!
Nós reencarnamos para melhorar as nossas tendências inferiores
mas se avaliarmos o quanto temos conseguido melhorar isso em nós nessa atual
encarnação, podemos fazer uma projeção semelhante para nossas últimas
encarnações. Mas isso não é de ficar-se admirado, pois se somos um Ser imortal
que muda apenas de “casca” de uma encarnação para outra, o óbvio não é, então,
que mantenham-se as nossas características de personalidade de uma vida terrena
para outra?
Essa personalidade que é nossa, que vem nos acompanhando
encarnação após encarnação, chamamos de Personalidade
Congênita, e aí começa a estruturar-se a Escola de Psicoterapia
Reencarnacionista.
Esse termo encontra-se em “Obreiros da Vida Eterna”, de
André Luiz, psicografado por Chico Xavier, em uma palestra do Dr. Barcelos,
psiquiatra desencarnado, no Nosso Lar, páginas 32-34, quando ele diz:
”Precisamos divulgar no mundo o conceito moralizador da Personalidade
Congênita, em processo de melhoria gradativa, espalhando enunciados novos que
atravessem a zona de raciocínios falíveis do homem e lhe penetrem o coração,
restaurando-lhe a esperança no eterno futuro e revigorando-lhe o ser em suas
bases essenciais. As noções reencarnacionistas renovarão a paisagem da vida na
crosta da Terra, conferindo à criatura não somente as armas com que deve
guerrear os estados inferiores de si própria mas também lhe fornecendo o
remédio eficiente e salutar... Falta aos nossos companheiros de Humanidade o
conhecimento da transitoriedade do corpo físico e o da eternidade da vida, do
débito contraído e do resgate necessário, em experiências e recapitulações
diversas... Faltam às teorias de Sigmund Freud e seus continuadores a noção dos
princípios reencarnacionistas e o conhecimento da verdadeira localização dos
distúrbios nervosos, cujo início muito raramente se verifica no campo biológico
vulgar mas quase que invariavelmente no corpo perispiritual preexistente,
portador de sérias perturbações congênitas, em virtudes das deficiências de
natureza moral, cultivadas com desvairado apego, pelo reencarnante, nas
existências transcorridas”.
Essa frase inicial – “Precisamos divulgar no mundo o
conceito moralizador da Personalidade Congênita.” – é a finalidade da
existência da Psicoterapia Reencarnacionista, a sua meta e objetivo.
A evolução espiritual do ser humano é lenta porque, a cada
encarnação, temos a sensação ilusória de que estamos vivendo uma “vida” e que
tudo que temos de inferior em nossa personalidade e sentimentos foi criado na
infância pelos “vilões”. Aliás, devíamos mudar o termo vida para passagem,
nascimento para chegada e morte para subida, que são mais reais.
E, então, uma das finalidades da Escola de Psicoterapia
Reencarnacionista é auxiliar as pessoas a recordarem-se de que somos Espíritos
eternos, passando mais uma vez por aqui, que essa vida é apenas mais uma
passagem, que descemos do Plano Astral e, um dia, vamos subir para lá de novo.
E depois continuaremos a descer e a subir, descer e subir, descer e subir, até
ficarmos puros, para o padrão terreno. E então continuaremos nossa trajetória
no Plano Astral, depois no Plano Mental, e assim gradativamente, até, um dia,
voltarmos para o Todo.
O trabalho principal do psicoterapeuta
reencarnacionista é auxiliar a pessoa em tratamento a recordar-se da busca da
evolução espiritual, da purificação. Deve
ajudá-la a aproveitar essa atual passagem, a fazer uma releitura de sua
infância a partir dos princípios reencarnacionistas, a entender porque nos
reencontramos com seres com os quais trazemos conflitos de encarnações
passadas, por que necessitamos passar por situações aparentemente negativas,
desagradáveis, a Lei do Retorno, etc. Essas descobertas e constatações é o que
pretendemos transmitir, e esperamos que nossas reflexões sobre o conflito entre
o nosso Eu Real (a Essência) e as ilusões do nosso eu temporário (a persona atual),
ajudem as pessoas a encontrarem-se consigo mesmas e assumirem com mais
confiança e determinação o objetivo final de todos nós: a evolução
espiritual.
Nada disso é novidade para os espíritas e para todos que
acreditam na Reencarnação, mas agora essas questões estão sendo colocadas como
uma psicoterapia. A Psicoterapia Reencarnacionista, uma psicologia baseada na
Reencarnação, veio para ajudar a nos libertarmos das ilusões e das fantasias
terrenas e a nos apegarmos firmemente aos aspectos realmente absolutos e
eternos do nosso Caminho.
Ao seu tempo, essa visão Reencarnacionista ajudará a
Psicologia oficial a libertar-se das suas amarras e os psicólogos e os
psiquiatras que acreditam na Reencarnação não precisam mais ater-se a uma visão
que analisa a vida de seus pacientes apenas a partir da infância, pois essa
nova Escola aí está, ao acesso de quem se interessar.
Os Cursos estão abertos, já existem livros, agora é uma
questão de tempo. Em breve haverá duas Psicologias: uma que lida com essa vida
apenas, para os profissionais que não acreditam na Reencarnação, a ser
utilizada nas pessoas que também não lidam com isso, e uma que lida com a vida
eterna, que é a Psicoterapia Reencarnacionista, baseada na Reencarnação, para
quem acredita nela. É uma questão de coerência.
TRANSTORNOS MENTAIS SOB A VISÃO ESPÍRITA
O Livro dos Espíritos - a obra base da codificação - quando trata do idiotismo e do transtorno mental ( questões de nº 371 a 378 ) nos ensina que os que habitam corpos que carregam tais afecções “ são Espíritos sujeitos a uma punição. Sofrem por efeito do constrangimento que experimentam e da impossibilidade em que estão de se manifestarem mediante órgãos não desenvolvidos ou desmantelados. Trata-se da conhecida Lei de Causa e Efeito, que, nestes casos, atinge principalmente, os que, em outras vidas, cometeram o suicídio ou abusaram da própria inteligência e do poder, em desfavor do próximo ou da sociedade.
Ao esclarecer, sobre a mútua influência entre espírito e matéria, na pergunta 375(a), os Espíritos asseveram, respondendo a questão: - Então o desorganizado é sempre o corpo e não o Espírito? "Exatamente; mas convém não perder de vista que, assim como o Espírito atua sobre a matéria, também esta reage sobre ele, dentro de certos limites..."
Allan Kardec, por sua vez, ao comentar a questão 372(a), em que os Espíritos respondem ter os órgãos do corpo grande influência sobre a manifestação das faculdades do espírito esclarece: "Importa se distinga o estado normal do estado patológico. No primeiro, o moral vence os obstáculos que a matéria lhe opõe. Há, porém, casos em que a matéria oferece tal resistência que as manifestações anímicas ficam obstadas ou desnaturadas, como nos de idiotismo e de loucura."
Grande relevância adquire a simples, mas lúcida observação de Allan Kardec: "Importa se distinga o estado normal do estado patológico". Se em sua época ( 1857) as manifestações patológicas da mente humana só eram reconhecidas quando atingiam estados extremos de alienação mental ( psicose nos dias de hoje ), atualmente reconhece-se todo um espectro cinza dos que não tendo chegado a tais extremos, mesmo assim padecem, por deficiências menores do funcionamento cerebral, e que se enquadram em categorias psicopatológicas numerosas.Inobstante, o raciocínio e a elucidação dos Espíritos sobre a interação espírito-matéria permanecem válidos e atuais.
A psicopatologia não é uma questão de tudo ou nada, de branco ou preto, mas toda uma sequência de mudanças que vão do cinza escuro ao cinza mais claro. E as possibilidades de domínio do Espírito sobre a matéria transitam nesta escala de maior ou menor resistência da matéria, dispondo ele também de maior ou menor força moral, segundo sua posição evolutiva.
São muitas vezes adquiridas, inadvertidamente, nesta vida mesmo, pela demasiada exposição aos agentes estressores do ambiente que atingem a vida psíquica, como os eventos traumáticos repetidos, grandes ou pequenos, os excessos ou condições adversas de trabalho e as relações afetivas conflitantes, etc.
É o caso das depressões de todo jaez, dos demais transtornos de humor, dos transtornos fóbico-ansiosos e dos demais relacionados ao estresse e os somatoformes, etc. Estes estados patológicos ensejam, pelo desgaste orgânico, obsessões que chamaríamos de oportunísticas, evidenciando quadros complexos que desafiam terapêuticas convencionais de abordagem parcial.
O Espiritismo abre vasto campo de estudo das patologias mentais quando mostra as inúmeras possibilidades do mundo espiritual influenciar os encarnados. As influênciações espiríticas circunstânciais e eventuais são de ocorrência corriqueira e naturais, pois se radicam, segundo nos informa André Luíz (Evolução em Dois Mundos, páginas 104 a 109) na nossa aquisição evolutiva do pensamento ininterrupto, dando início aos processos de "mentossíntese", operações "baseadas na troca de fluidos mentais multiformes, através dos quais [o princípio inteligente] emite as próprias idéias e radiações, assimilando as radiações e idéias alheias."
Entretanto, tais trocas de radiação e idéias assumem caráter patológico no momento em que se estabelecem processos simbióticos mentais de característica exclusivista e de complementação patológica. Tornam-se naquilo que Allan kardec designou e classificou como "obsessões simples, fascinação e subjugação" André Luiz e os outros espíritos descrevem os incontáveis tipos de influências mentais propriamente obsessivas, entre desencarnados e encarnados, e daqueles e destes entre si, ensejando uma classificação que excede uma dezena de tipos fenômenológicos. Estes processos obsessivos são facilitados e potencializados por quaisquer diáteses ou desarranjos de funções cerebrais de origem exclusivamente orgânica ou psíquica.
Pelo exposto, dificilmente encontrar-se-ão quadros psicopatológicos puros, isto é, de origem exclusivamente orgânica ou psicológica ou espiritual.
De qualquer forma, tais patologias carecem, paralelamente às abordagens médica e psicológica, do tratamento espiritual e da imprescindível reforma íntima, condições indispensáveis para a aquisição e fortalecimento dos dispositivos pessoais de autodefesa psíquica.
Autor: Dr. Luiz Antônio de Paiva
Médico Psiquiatra, Psicoterapeuta, Professor Supervisor da FEBRA, Presidente da OMNI e Secretário da A.M.E.- GO.
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
A REGRESSÃO TERAPÊUTICA - MÉTODO ABPR
A REGRESSÃO TERAPÊUTICA - Método ABPR
A Regressão Terapêutica é uma das principais ferramentas utilizadas na Psicoterapia Reencarnacionista. Ela é que norteia as consultas (conversas sobre a reencarnação), semanais, a cada 10 dias ou quinzenais, pois a Regressão Terapêutica (método ABPR) é como o telão do Mundo Espiritual aqui na Terra, ambos comandados pela espiritualidade. É uma oportunidade que os mentores das pessoas proporcionam aos seus discípulos, de autoconhecimento e de desligamento de situações traumáticas do passado. Não é um procedimento espírita, não acontece incorporação do mentor da pessoa, nem esse ser aparece, materializa-se ou manifesta-se de alguma maneira. O processo regressivo ocorre naturalmente, oportunizando que a pessoa acesse as encarnações que são eticamente permitidas serem acessadas, que o mundo espiritual entende que está na hora de acessar, para desligar-se daquela encarnação e/ou para um aprendizado específico.
A Regressão Terapêutica (método ABPR), dirigida pelos mentores das pessoas, clareia a finalidade e o objetivo dessa passagem, a nossa busca da evolução espiritual, e o seu conteúdo é abordado ao final de cada sessão e nas consultas, quando é feita uma releitura da infância da pessoa sob a ótica reencarnacionista, o entendimento dos gatilhos e das armadilhas terrenas, a ilusão dos rótulos das “cascas”, etc.
A Regressão pelo método ABPR é realizada pelo psicoterapeuta mas comandada, dirigida, direcionada, pelos mentores espirituais das pessoas, é deles a decisão do que cada pessoa vai acessar em sua encarnação ou encarnações passadas, todo o comando é superior e independe da vontade das pessoas, do seu desejo e do desejo do psicoterapeuta, ou seja, a condução do processo é do mundo espiritual. Isso possibilita conciliar-se regressão com a lei do esquecimento, obedecendo a Allan Kardec e o que o mestre afirma em “O Livro dos Espíritos” a respeito:
“Integrado na vida corpórea, o espírito perde momentaneamente a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as ocultasse. Não obstante, tem, às vezes, uma vaga consciência, e elas podem mesmo lhe ser reveladas em certas circunstâncias. Mas isto não acontece senão pela vontade dos espíritos superiores, que o fazem espontaneamente, com um fim útil e jamais para satisfazer uma curiosidade vã.”
Essa é a ética da regressão realizada na Psicoterapia Reencarnacionista, em que, sob nenhuma hipótese, o psicoterapeuta atende o desejo da pessoa do que ela quer saber, do que ela deseja entender, seja do ponto de vista clínico, psicológico ou no que tange o relacionamento com outras pessoas e também não determina o que a pessoa vai acessar, entender ou saber. O método ABPR é altamente ético e coloca-se inteiramente de acordo com a doutrina espírita de respeito à Lei do Esquecimento. O reconhecimento de pessoas jamais é incentivado.
E todo esse processo está sob comando do Mundo Espiritual, dos mentores espirituais de cada pessoa. O psicoterapeuta apenas participa mais ativamente na primeira fase da regressão: relaxamento do corpo físico e elevação da freqüência da pessoa através da meditação, lúcida, consciente, com a pessoa acordada, deitada, com os olhos fechados, sem o uso de hipnose, óculos ou qualquer outro artifício, apenas o comando verbal do psicoterapeuta para a pessoa relaxar, soltar-se, diminuir a intensidade dos seus pensamentos, e após um certo tempo ir entrando em meditação, o que faz com que ela possa acessar uma situação do seu passado, geralmente de outra encarnação, na qual está sintonizada, como se ainda estivesse lá, e de onde vem os sintomas das fobias, do pânico, as depressões severas, refratárias a tratamentos, as dores crônicas, como a fibromialgia, os sentimentos intensos de solidão, de abandono, as mágoas profundas.
Mas além do desligamento, para a realização do tratamento com a Psicoterapia Reencarnacionista, é essencial a constatação, por parte da pessoa da sua Personalidade Congênita, o seu padrão comportamental secular ou milenar, o pilar básico da Psicoterapia Reencarnacionista, onde pode encontrar, então, a sua proposta de Reforma Íntima.
Durante o tratamento são realizadas uma média de 3 ou 4 sessões de regressão, intercaladas com conversas sobre o que a pessoa está aprendendo nessas “sessões de telão”, sobre o que está mudando em sua maneira de enxergar a sua vida, a sua infância, em que começa realmente a entender que estamos em um lugar de passagem, que nossa casa verdadeira é lá no mundo espiritual e que devemos aproveitar ao máximo as encarnações, para retornarmos para casa com a sensação do dever cumprido, da missão realizada.
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